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Um gênio sem lâmpada

Ontem (domingo), primeiro de dezembro, um dos maiores ícones da história do cinema, Woody Allen, fez 78 anos. Allen Stewart Konigsberg é premiado diretor da sétima arte, o cinema. De estilo excêntrico, ele ficou conhecido primeiramente em 1964 como comediante por aparições em programas televisivos e por sua crítica sempre bem humorada em jornais e rádios.

Mantendo a incrível média de um filme por ano desde 1969, Woody Allen chegou às grandes telas por meio de um produtor que, de fato, achou o pequeno gênio um bom ator. Com isso, Allen foi convidado para estrelar uma paródia bem escrita de filmes de James Bond, “What’s New Pussycat” (título no Brasil: O que é que há gatinha?).

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Tarkovski e o planeta Água

Reconhecido como grande ator em Hollywood e no mundo, seu primeiro grande sucesso chegou rápido. “Annie Hall” (1977) conta a história de Alvy Singer, um cidadão judeu, humorista e divorciado, que vai a uma psicóloga há quinze anos. Por uma paixão repentina pela personagem Annie Hall, interpretada por Diane Keaton, eles começam a firmar um relacionamento muito bom até a hora de decidirem morar juntos e começar o enredo do filme, ou seja, as crises conjugais.

Para destacar bem o caráter humorístico de Woody, há uma célebre frase na fala de Alvy: “meu analista diz que exagero minhas memórias de infância, mas eu juro, fui criado debaixo da montanha-russa de Coney Island, no Brooklyn”.

O filme rendeu à carreira do diretor três Oscars. Um de melhor filme, melhor roteiro e melhor direção. Além de um de melhor atriz para Diane Keaton.

Allen tem uma maneira estranha de receber elogios e prêmios, já que não comparece a tais cerimônias. Deu o ar da graça em pouquíssimos eventos que envolviam seu nome ao cinema. Woody Allen foi, em 1986, indicado na categoria de Melhor Roteiro Original por “Hannah and her Sisters” (título no Brasil: Hannah e suas irmãs) e mais dezoito outras indicações e categorias distintas. Compareceu somente na cerimônia do Oscar em 2002, devido ao atentado do “11 de setembro” em Nova York, prestando uma homenagem aos residentes da cidade, da qual é um dos moradores mais célebres.

Em 1979, Meryl Streep estrela seu clássico “Manhattan”, que conta a história de um escritor divorciado com a vida no fundo do poço. Sua mulher o largou para ficar com outra mulher. Ele escreve um livro em que relata as tramas sexuais do “ex-casal”.

Mas existe um filme que este que vos fala acha um acontecimento apoteótico. “The Purple Rose of Cayro” (1985), (título no Brasil: A Rosa Púrpura do Cairo). Esta comédia  conta a história de uma garçonete, Cecilia, que, em plena “Grande Depressão” sustenta um marido bêbado, desempregado e violento com a personagem principal, interpretada por Mia Farrow.

Cecilia tenta esquecer a vida e seus problemas assistindo a filmes e é quando assiste pela quinta vez “A Rosa Púrpura do Cairo”, o herói do filme sai da tela e a chama para uma nova vida.

Todos os filmes do diretor são simplesmente obras-primas do cinema. Tantos como: “Broadway Danny Rose” (1984), (No Brasil: O Agente da Broadway), “Husbands and Wives” (1992), (No Brasil: Maridos e Esposas), “Mighty Aphrodite” (1995), (No Brasil: Poderosa Afrodite), “The Curse of the Jade Scorpion” (2001), (No Brasil: O Escorpião de Jade), “Match Point (2005), (No Brasil: Ponto Final), este filme em particular arrebatou várias críticas positivas, “Vicky Cristina Barcelona” (2008), “Midnight in Paris (2011), (No Brasil: Meia-noite em Paris).

Por sua própria descrição, diz: “as pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual (porque uso óculos) e que sou um artista (porque meus filmes sempre perdem dinheiro)”.

Como poucos, ele vai do drama à comédia e ainda arrisca em ação e aventura, sem dúvidas, Woody Allen é uma fonte inesgotável de criatividade e ternura.

Matheus Guimarães é estudante e apaixonado por cinema e bossa-nova.

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