por Fernando do Valle
No segundo tempo da final da Copa do Mundo entre Croácia e França, quatro integrantes do coletivo feminista Pussy Riot protestaram contra o governo Putin invadindo o gramado vestidos de policiais. Três mulheres e um homem foram presos e divulgaram um manifesto em que acusam Vladimir Putin, que estava no estádio de Moscou, de prisões políticas.
No manifesto, Pussy Riot pede a liberdade do cineasta Oleg Sentsov, crítico da anexação da Criméia pela Rússia e que foi condenado a 20 anos de prisão por terrorismo. Elas atacam também os arbítrios da polícia russa. Para isso, usam a figura do “policial celestial”, criada pelo poeta Dmitri Aleksandrovich Prigov que morreu há 11 anos, em contraponto ao policial terrestre. Segundo trecho do manifesto: “o policial celestial protege o bebê que dorme, enquanto o policial terrestre persegue os presos políticos por curtidas e respostas (nas redes sociais). O policial celestial organiza a festa na Copa do Mundo, o policial terrestre tem medo da celebração”.
No texto, Pussy Riot faz exigências claras ao governo russo como liberdade aos presos políticos, como já citado; o não aprisionamento por interações nas redes sociais; o fim das prisões ilegais em comícios e maior competição política no país.
Assista ao vídeo divulgado pelo Pussy Riot (legendas em inglês):
Zonacurva publicou em 2014 texto sobre a luta das minas do Pussy Riot:
Straight outta Vagina:
Police State:
Organs:
Chaika:
Refugees: