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Neste vídeo, visitamos emocionados a memória da grandiosa Leila Diniz.
Abordamos a história dessa figura icônica que enfrentou os costumes impostos pela ditadura e reformulou o que era esperado das mulheres de sua época.
“Já que ninguém me tira pra dançar”, dirigido por Ana Maria Magalhães, abriu o 54° Festival de cinema de Brasília no dia 7 de dezembro
O longa reúne entrevistas e gravações inéditas, resgatando a participação de Leila Diniz na cultura brasileira e na luta feminista durante os anos mais duros da ditadura militar. O documentário também revela seu modo libertário de ser e agir em uma época que inspirou avanços culturais e comportamentais no mundo inteiro.
Leila Diniz foi porta-voz de uma geração censurada, conquistando assim o amor de muitos, mas também a desaprovação dos reacionários e os hipócritas defensores da moral, principalmente após o episódio em que Leila posou de biquíni na praia de Ipanema grávida de oito meses. Era de fato mulher à frente do seu tempo, falava abertamente sobre tudo, incluindo sua sexualidade.
Assim como as divas Janis Joplin e Amy Winehouse, Leila Diniz morreu aos 27 anos em um acidente de avião na Índia, quando voltava de um festival de cinema na Austrália, onde recebeu o prêmio de melhor atriz.
“O filme mostra o modo de ser e viver dos artistas e das jovens brasileiras nos anos 60, plenos de entusiasmo e ingenuidade. As novas gerações não sabem quem foi Leila, atriz que valorizou a verdade, a liberdade e o amor, porque acreditava que as pessoas podem realizar as suas melhores potencialidades e não as piores”, diz a diretora e amiga pessoal de Leila, Ana Maria Magalhães, segundo release distribuído à imprensa.
A diretora também lembrou do retrocesso que vivemos atualmente no que tange aos direitos femininos, que, apesar de serem amplamente difundidos e os protestos feministas tomarem as cidades, ainda enfrentam tempos sombrios. O longa conta com depoimentos de estrelas como Betty Faria, Cláudio Marzo, Paulo José e Marieta Severo.
O filme estreia na integra no streaming da plataforma Itaú Cultural Play no dia 15 de janeiro
“O grande recado da Leila era o amor”, afirma Ana Maria Magalhães