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Bolsonaro contra o Brasil

A Human Rights Watch publicou um relatório sobre os principais acontecimentos do governo Bolsonaro em 2021, entre eles, figuram a má gestão do Brasil na pandemia e os ataques aos jornalistas e à liberdade de expressão

Desde o início do governo Bolsonaro, temos enfrentado diversos problemas, e o maior deles é justamente quem deveria liderar a nação e agir contra as mazelas brasileiras. Além dos absurdos recorrentes do presidente como o apoio à ditadura militar e o constante ataque às minorias, o genocídio de milhares de brasileiros pelo governo federal, que deliberadamente trabalhou a favor do coronavírus, coloca Bolsonaro e seus asseclas como réus de crime histórico.

Mais do que nunca, o país precisou e precisa de um líder que lute ao lado dos brasileiros contra a pandemia, o presidente relativizou a vida de todos, inclusive de seus apoiadores. Em março de 2020, no início dos casos de Covid-19 no Brasil, Bolsonaro participou e apoiou um ato pró-governo e contra o STF, que conduz investigações contra ele, inclusive sobre interferências  em nomeações na Polícia Federal, segundo relatório da Human Rights Watch

Depois do árduo ano de 2020, o relatório da ONG aponta que quando o medo e a instabilidade financeira pairaram sobre a casa de quase todos os brasileiros, surge a esperança de uma vacinação ampla, que pudesse fazer jus ao reconhecimento internacional do Brasil no quesito imunização. Mas também foi o que não aconteceu, além do país iniciar a campanha de vacinação depois de diversas outras nações do mundo, ainda foi descoberto que o presidente não respondeu a dezenas de e-mails da Pfizer, uma das principais produtoras dos imunizantes contra a Covid 19.

O epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (RS), afirma à BBC News Brasil que 95 mil vidas poderiam ter sido salvas caso Bolsonaro tivesse respondido aos e-mails da Pfizer.  O descaso e a negligência com a vida dos brasileiros se tornou mais nítida do que nunca, e então o vírus que assolava o mundo ganhou um aliado no presidente brasileiro, situação completamente absurda.

Human Rights Watch
A Human Rights Watch resume a tragédia do governo Bolsonaro (Reprodução)

Além disso, ainda informa o relatório, Bolsonaro ameaçou pilares importantes da democracia brasileira. Atacou e tentou intimidar o Supremo Tribunal Federal, chegou a pedir o impeachment de um dos ministros do STF, Alexandre de Moraes, e alegou que não acataria as ordens do judiciário. O presidente ainda desacreditou do sistema eleitoral e acusou de forma deletéria fraudes nas urnas eletrônicas das eleições de 2018, mesmo sem nenhuma evidência, e ainda sugeriu que poderia cancelar as eleições de 2022, caso não aceitassem o que ele defendia. 

A Human Rights Watch alerta também que a liberdade de expressão esteve em xeque durante 2021, quando foram iniciadas 17 investigações contra críticos ao governo, utilizando inclusive a Lei de Segurança Nacional, oriunda da ditadura militar. O relatório explica que, apesar de muitos casos terem sido arquivados, essas ações sugerem que criticar o presidente pode resultar em perseguição.

Jornalistas foram igualmente atacados por Bolsonaro, segundo a ONG “Repórteres Sem Fronteiras” só no primeiro semestre de 2021 a imprensa foi ofendida 87 vezes pelo presidente. Ademais, em setembro do mesmo ano, o presidente impediu redes sociais e plataformas de excluírem postagens com informações falsas e prejudiciais.

Informações retiradas do relatório da Human Rights Watch.

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A Human Rights Watch publicou um relatório sobre os principais acontecimentos do governo Bolsonaro em 2021, entre eles, figuram a má gestão do Brasil na pandemia e os ataques aos jornalistas e à liberdade de expressão.
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